Totó ST revela o segredo para uma carreira de mais de 20 anos de sucesso

Janilson Duarte
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As suas músicas são conhecidas pela grande variedade da paisagem angolana e pelas raízes profundas da música mundial, através de uma fusão requintada entre o afro jazz, funk, blues, soul, R&B e kipalanga.

Do ponto de vista técnico, como todo o artista (em especial quando se actua com uma banda), ensaios são necessários. Mesmo para quem tem estado a preparar-se já há uns 20 anos.

“Na verdade, o palco é resultado de todo o trabalho que eu vou fazendo estes anos todos. Quando chego ao palco, simplesmente as coisas acontecem, claro, tem de se trabalhar com este e aquele detalhe quando se tem uma banda ou quando se tem outro elemento, mas normalmente eu tenho de estar preparado, sempre”.

Independentemente de haver ou não concerto, o músico revela o segredo para uma carreira de sucesso há mais de duas décadas:

“Não perco noites, não consumo álcool – houve uma altura em que consumia, mas já há muitos anos que não o faço. Faço alguma técnica de meditação, exercício de respiração – o que depois acaba por se repercutir no palco. Tudo o que o cantor precisa é de se conhecer, eu conheço-me bem, claro que deve haver um ou outro aspecto que eu preciso de aprender melhor sobre mim mesmo, mas eu conheço as minhas limitações, conheço as minhas qualidades, então sou extremamente consciente, sei o que posso fazer, mas também sei que o nível de ousadia que eu tenho em palco sempre me ajuda a explorar um pouquinho mais de mim mesmo. Então, vou crescendo a cada concerto, vou fazendo cada vez mais técnicas que normalmente nem eu sei de onde vêm, mas também ha aquelas técnicas que são fruto de um trabalho que vem de trás.

“Tenho estado entre França e Angola. Neste quesito a minha carreira em França vai despertando, vou conseguindo cada vez mais espaço e concertos.

Aqui em Angola também tive a sorte de me juntar uma equipa que está a fazer realmente com que a coisa funcione. Estou bastante satisfeito, bastante equilibrado e tenho recebido muita força do pessoal e não há nada melhor. Não acredito que o artista queira algo melhor do que isso, o calor daqueles que realmente consomem o seu trabalho. E nesse ponto de vista, estou muito feliz”.

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