A actriz Eliane Silva, com 25 anos, é uma jovem sonhadora, amante da arte, simpática, guerreira e fiel aos seus ideais. Foi recentemente seleccionada para o Top 30 Keep Walking Africa, que celebra os jovens criativos africanos que impulsionam a cultura através da arte.
Há quanto tempo é actriz?
Sou atriz há quase 8 anos
Por quê a teledramaturgia?
Só Deus sabe, foi a teledramaturgia que me escolheu. Quando dei por mim, já estava emaranhada neste mundo das artes cénicas, sempre tive inclinação, então só me entreguei ao meu destino.
O que é que a motivou a entrar no mundo da representação?
Não tive propriamente uma motivação, foi uma consequência, ou resultado das minhas constantes passagens por várias áreas da arte.
Conte-nos sobre a sua experiência como actriz: como foram os seus primeiros passos e como tem sido a recepção do público até aquí?
Os primeiros passos foram desafiantes, porque não obtive apoio familiar quando decidi seguir a carreira. Então os primeiros passos foram bem complicados. Não tinha acesso directo aos castings/audições porque não estava inserida no meio, por não me terem permitido entrar num grupo de teatro!
Com o tempo, fui pesquisando e “meio que” ouvindo por alto oportunidades convenientes.
Hoje, com os pequenos passos que a nossa própria indústria tem estado a dar, tem sido mais leve.
A recepção do público tem sido maravilhosa e surpreende-me muito, nunca pensei que o público angolano estivesse de facto a acompanhar e atento à ficção angolana, estou muito feliz com o feedback que tenho recebido, não só pelo projeto em que estou no momento, mas por outros antigos.
Quais são as suas referências no ramo a nível nacional e internacional?
A nível nacional, muitos artistas, como Vanda Pedro e Neide Vandunem – têm servido muito como inspiração, outros nomes como Tânia Burity, Raul do Rosário, Silvio nascimento, Miguel Hurst, Fernando Mailoge, Nora de Carvalho, etc …
Internacionalmente, tenho muitas referências de artistas que servem de motivação também, como Viola Davis, Chadwick Bozeman, Ava Duvernay, Elizabeth Moss, John Boyega, Letitia Wright, Lupita Nyongo, Charlize Theron e outros.
Sou muito consumidora de histórias, então a lista é longa.
Como foi a sua experiência ao participar do filme “Mutu-Mbi”?
A minha experiência no filme Mutu-Mbi foi bem interessante. Foi o meu primeiro filme, então tive de me habituar ao ritmo diferente da TV. Foi o meu primeiro trabalho com actores já conhecidos, então considero uma grande realização para mim.
Qual é a sensação, ao ver o seu trabalho reconhecido?
Uma sensação óptima, revitalizadora, porque muitas vezes pensamos que talvez todo o esforço que fazemos é em vão e por não termos estado na boca do público (principalmente cá, que é mais fácil seres notado por uma polémica do que pelo teu trabalho, por outras situações que não sejam o teu trabalho e talento), pensamos que vamos passar despercebidos e que ninguém está a ver – e aí és surpreendido com prémios, nomeações, mensagens de fãs, mostrando que de alguma forma, com apenas trabalho árduo, há quem nos esteja a ver e a ser inspirado por nós .
Que projectos podemos esperar em 2023 ?
Em 2023, peças teatrais, já queria muito voltar aos palcos. Então em 2023 vão poder ver-me em palco, naquela que é a nossa arte mãe. E muitas outras surpresas: aceitei novos desafios, que mostrarão o meu lado mais versátil.
Qual é o seu país de sonho?
Tenho muitos, por agora o Ruanda, quero muito conhecer.
Acessórios preferidos?
Colares e pulseiras.
Como define o seu estilo?
Estilo clássico, com uma pitada sexy, aquele “sassy and classy”.
Look preferido para um dia de trabalho?
O meu dia de trabalho, graças a Deus não requer nenhum dress code rigoroso, então para os sets de gravação vou sempre o mais “chill” possível, com aquele clássico simples, com tons neutros, que eu adoro.
Qual é o seu maior sonho?
O meu maior sonho é ser feliz, ter abundância financeira, que me permita ajudar o máximo de pessoas que puder.
O que faz nos tempos livres?
Durmo, como, porque comer é vida, trabalho, assisto a séries e filmes, saio com os amigos… poderia dizer que viajo, mas ainda não viajo nos tempos livres.
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