O actor e produtor angolano Sílvio Nascimento afirmou neste Domingo, 8 de Janeiro (em função da data que se assinala), que é possível viver da arte, mas é uma vivência sofrida.

“Temos pessoas que vivem da arte em Angola, mas ainda é uma vivência sofrida. Os grupos de teatro não são consistentes, as novelas fazem-se de três em três anos, muitas vezes por falta de apoio”, disse o actor.
Sílvio Nascimento reconhece que os angolanos são povos extremamente culturais e que têm muito para mostrar ao mundo, apesar de muitas barreiras, como a valorização e as prioridades dadas às artes, de forma inclusiva na área cinematográfica.
“As artes devem ser transformadas em prioridades, para que haja evolução na identidade Cultural. O cinema é uma arte que eleva financeiramente um país. A arte em Angola não pode ser só música (semba e kuduro)”, afirmou o actor.
“Quanto à circulação e consumo de produtos culturais em Angola, ainda é um grande problema, em função das metas que não estão bem direccionadas em algumas instituições do país. E não existe arte sem dinheiro, sem metas a serem definidas pelo governo, a fim de promover a cultura para que cresça todos os dias”.
O dia Nacional da Cultura é celebrado todos os anos, desde 1986, em homenagem ao discurso do primeiro presidente de Angola, António Agostinho Neto, por ocasião da tomada de posse dos membros da União dos Escritores Angolanos (UEA).
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