Mulher africana: símbolo de força e inspiração

Elisio Manzanza
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Há 61 anos que o continente africano celebra o Dia da Mulher Africana.  Dia 31 de Julho, mais do que um dia, é um movimento, já que falar de mulher – e africana – é falar de protagonistas principais na luta pela igualdade e respeito.

Instituído em 1962, o Dia da Mulher Africana teve início durante a Conferência das Mulheres Africanas, em Dar-Es-Salaam (Tanzânia). Foi também nesta data que foi criada a Organização Pan-Africana das Mulheres, para que as mulheres africanas compartilhassem as suas experiências com o intuito de cooperarem entre si unindo esforços para a emancipação feminina.

As mulheres de origem africana têm tido um grande protagonismo nas significativas mudanças que marcaram e ainda marcam o continente, desde o processo de libertação nacional à consolidação da democracia e da estabilidade política, até aos dias de hoje.

Mas as mulheres foram imprescindíveis na promoção da paz em vários países africanos, tanto de forma directa como indirecta.

Podemos citar algumas mulheres que, devido à sua notoriedade e exemplar desempenho, ocuparam um lugar de destaque nos seus respectivos países, como Ellen Johnson, presidente da Libéria e Joyce Banda, presidente do Malawi. Já Leymah Gbowee – da Libéria – e Tawakkol Karma – do Yemén – receberam o prémio Nobel da Paz. Não podemos deixar de lado a ambientalista queniana Wangari Maathai, que foi a primeira mulher africana a receber o Nobel da Paz, assim como Nadine Gordimer, escritora sul-africana, Nobel da Literatura.

Estas e outras mulheres que continuam anónimas são mulheres que se comprometeram com a luta pelo desenvolvimento sustentável em África, com o reconhecimento da dignidade das mulheres e sobretudo acreditaram que é possível um mundo mais justo, solidário e igualitário.

As mulheres representam o futuro do continente africano, espelham o desenvolvimento económico e social do velho continente, transformando as suas lágrimas em triunfos, desespero em determinação, medo em coragem.

Naturalmente, como guerreiras que são, lutam diariamente para a tomada de consciência do reconhecimento da dignidade das mulheres, sendo que não descansarão enquanto na sua África não houver plenitude, equilíbrio, liberdade e, principalmente, igualdade.

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